Nos últimos dias Goiás ganhou as páginas da imprensa nacional devido a notícia de que gêmeos idênticos foram condenados a pagar pensão a criança após DNA tradicional apontar que os dois podem ser os pais (Para ler a reportagem: CLIQUE AQUI)
Mas você sabia que a ciência já dispõe de recursos para estabelecer com segurança quem é o verdadeiro pai biológico em casos assim?
as novas tecnologias de análise do DNA permitem analisar todo o genoma repetindo o sequenciamento por mais de 50-100 vezes na mesma amostra, o que aumenta a eficácia e a confiabilidade da detecção de raras ”mutações discriminantes”. Estes avanços foram elegantemente demonstrados em 2014 por um grupo de pesquisadores alemães liderados por Jacqueline Weber-Lehmann, quando publicaram no periódico científico “Forensic Science International” um relato de caso selecionado pelos próprios autores, de gêmeos monozigóticos, no qual, porem, não havia qualquer dúvida sobre qual deles era o pai biológico da criança. Foi possível detectar 5 novas variantes genéticas discriminatórias, presentes em um dos gêmeos e não no outro, não presentes na mãe da criança e presentes na criança, demonstrando a eficácia da nova técnica (Para ler o artigo: CLIQUE AQUI).
Os gêmeos idênticos sempre intrigaram a humanidade, como fonte de superstição e fascinação, desde os bíblicos Jacó e Esaú até os mitológicos fundadores de Roma, Rômulo e Remo. Com o avanço das técnicas de análise de DNA, mesmo entre gêmeos idênticos, a partir de agora Pai é Pai, Tio é Tio!
Fonte: Revista Veja